Ser bem sucedido financeiramente não tem só a ver com o que você sabe. O que você sabe, e o quanto você sabe, com certeza aumentam muito suas chances de conseguir fazer mais dinheiro aumentar sua renda. Mas é como você se comporta que vai determinar sua saúde financeira. E é muito desafiador aprender e ensinar sobre comportamento, até para as pessoas “mais inteligentes”.
Tem muita gente explicando Finanças com base em fórmulas e planilhas, quando a maioria das decisões são tomadas numa mesa de jantar. Para mim falar de grana é falar de aspectos culturais, emocionais e sociais. Pouquíssimo tem a ver com matemática, planilha, taxa Selic ou composição dos juros.
Em resumo, sucesso financeiro é menos técnico e mais pessoal. E seu comportamento é mais importante que seu conhecimento. Geralmente, a gente inclusive SABE o que precisa ser feito. Mas o que acontece na nossa cabeça e coração ao tentar fazer, fala muito mais alto.
Você pode ser super inteligente e, mesmo assim, ter comportamentos prejudiciais às finanças.
“A história não se repete nunca, o homem se repete sempre” Voltaire.
Tem muita coisa que eu escrevo, mas com plena noção de que foi o que eu VIVI que me trouxe a liberdade. Meu pai foi um jovem playboy mas chegou a não ter dinheiro para comer no fim da vida. Não há leitura ou empatia suficiente que faça com que você sinta o medo e a incerteza que senti com isso. Não tem como explicar o tamanho do desespero ao ver o ponto a que ele chegou por falta de grana.
Estou numa bolha aqui, mas essa é a realidade de muita gente no Brasil. Inclusive muita gente que um dia contou com privilégios mas está em dívidas, ou sem um real investido para o futuro.
Eu nunca me considerei burra, pelo contrário. Mas o que me moveu para a independência financeira não foi a inteligência, foi o MEDO. Porque enquanto meu pai pedia dinheiro para ir ao mercado, eu estava endividada no cartão de crédito e cheque especial, mesmo com bom salário. O medo me trouxe a humildade de cair em si e saber que, mesmo sendo “inteligente”, as más decisões financeiras poderiam acabar comigo também. Eu chego aqui cheia de cicatrizes emocionais para plantar sementes de consciência e presença. De amor próprio e leveza. De não violência e não submissão. Venho questionar o “normal” e o “padrão”.
Eu não sei se você manda bem na matemática ou nas planilhas, mas eu desejo que você consiga olhar para as suas feridas com carinho, porque só assim você começa a cuidar delas. E do seu dinheiro. Qual é seu maior medo em relação ao futuro e como uma boa saúde financeira poderia te apoiar? Por onde você consegue começar a cuidar disso, agora?
Muito obrigada e até a próxima semana?